Não. Não estou sendo leviano tampouco extremista, pessimista, muito menos, partidarista – nem filiado a partido político eu sou; meu partido é a moral, a ética, a coerência, o trabalho honesto e árduo, porém, dignificante – mas, fazendo alguns estudos, pesquisas e, sobretudo algumas análises para auxiliar a um amigo Acadêmico de Direito, com um trabalho universitário (aliás, sou bacharel em Direito, vê se pode?) me deparei com dados que me deixaram se não intrigado, impotente diante do sistema da “autoritariocracia” que o belo e constitucional sistema político brasileiro (no papel) nos impõe a todos nós, meros súditos – na concepção real do termo -, vassalos de um governo (me refiro aos seus três poderes) que esbanja e faz jus ao verso sábio do nosso majestoso Hino Nacional quando diz: “...deitado em berço esplendido...”; neste caso, “deitados”, por que são tantos...
Com minha singela análise, cheguei a drástica conclusão de que é mais barato manter a família real britânica do que nosso presidente operário. Ele, que recentemente, quando da reunião, em Londres, do G-20 (as 20 maiores potências do mundo – e nós, ironicamente, no meio deles...só se for “maior” em extensão territorial, porque, em desenvolvimento e avanço cultura...); bem, o nosso modesto presidente, enquanto Barack Obama, atualmente, Nobel da Paz, optou por hospedagem em “solo pátrio”, neste caso, a embaixada norte-americana; o Presidente brasileiro, julgou indignas as acomodações da nossa embaixada instalada em um castelo histórico de construção do século XVIII, aonde até a rainha Mary costumava se hospedar, junto com sua família, escolhendo um hotel de luxo com diárias de 7,5 mil euros, equivalentes a R$ 20 mil - enquanto isto, prefeito brasileiros, com pires nas mãos “mendingando” míseros repasses de FPM para conseguir gerir suas administrações. Eu preferiria ter que manter a realeza britânica do que a “aristocracia tupiniquim” da “família irreal” brasileira.
Diante desse fato, me interessei por uma pesquisa um pouco mais direcionada e específica – nada muito complicado, como cruzar dados e números no site “Transparência-Brasil” com outros de estatísticas do próprio Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, IBGE e algumas outras fontes particulares...espantoso, o resultado – ou, os resultados obtidos!
As despesas com o gabinete da Presidência da República, desde 1995 – primeiro governo FHC – que era de cerca de R$ 38,4 milhões, para (pasmem) 372,8 milhões em 2004, quando do “primeiro reinado” do atual governo. Nem precisa ser economista ou versado em exatas para concluir que o custo diário da “corte” do “humilde operário apedeuta” chega a R$ 1,5 milhão. Sem contar que se voltar um pouco atrás, quando do governo “homem do topete”, o número de funcionários regulares do Palácio do Planalto era de 1,8 mil, caindo para 1,1 mil na era FHC e saltando para 3,3 mil desde o início da “dinastia lulista”. Sem contar que no Palácio da Alvorada – residência oficial (uma delas) do Presidente da República, a informação é de que atualmente, são em torno de 75 servidores permanentes – e somente, para assistir (na real concepção do vocábulo) ao Presidente, o número de assessores especiais diretos vai de 27 a 55 pessoas...como diria meu colega Boris Casoi: “Isto, é uma vergonha!”.
Diante de “peculiar situação”, cruzei um pouco mais de informações chegando a vertiginosa constatação de que o custo de manutenção das chefias de estado das maiores potências do mundo, como os Estados Unidos da América, que são regime de republica, não ultrapassa a US$ 4,6 per capta (o equivalente a US$ 1.100 bilhão); na mais tradicional monarquia do planeta, os ingleses gastam com o governo britânico, US$ 1,87 per capta (US$ 104 milhões)...enquanto isto, na “República Sindical brasileira”, o custo do “império aristocrata” é de US$ 12 per capta, o equivalente a uma fortuna de US$ 1.700 bilhões!!!...É, manter a família real britânica é muito mais em conta.
Itamar Cordeiro
Jornalista, Radialista, Cerimonialista,
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